O prefeito Ilque Cunha (MDB), vai gastar mais de R$ 780 na compra de móveis em uma papelaria, para segundo ele, atender as demandas da Prefeitura de Juruá, no interior do Amazonas.
O que chama a atenção nessa compra homologada no Diário Oficial dos Municípios (DOM), que além do alto valor investido que é de R$ 782.440,00 (setecentos e oitenta e dois mil, quatrocentos e quarenta reais), a empresa contratada P. C. MIGUEL LTDA, tem como sua principal a venda de artigos de papelaria.


Outro ponto que chama atenção é que o endereço fornecido pela empresa, funciona uma agência de venda de crediários e consórcios, a J. G. MULTI CRED, que não tem nada haver com a P. C. MILGUEL LTDA e já levanta a suspeita de uma empresa fantasma.
Investigado por abuso de poder econômico
O prefeito de Juruá, Ilque Cunha (MDB), está sendo investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) por abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024. A acusação aponta que ele teria se beneficiado indevidamente, obtendo vantagens contra seus adversários e garantindo sua vitória na disputa pela prefeitura.
A investigação tramita por meio de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), protocolada na 050ª Zona Eleitoral de Juruá. O juiz eleitoral Danny Rodrigues Moraes determinou que os envolvidos apresentem provas, e concedeu um prazo de cinco dias para a defesa de Ilque Cunha, que se encerra nesta semana. No entanto, até o momento, nem o prefeito nem seus advogados protocolaram a defesa.
Caso seja condenado, Ilque Cunha e seu vice, Leand Saraiva (Republicanos), podem perder os mandatos e se tornarem inelegíveis.

Investigado por improbidade administrativa
O Ministério Público de Contas (MPC), entrou com uma representação contra o prefeito de Juruá, Ilque Cunha (MDB), no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), por suspeitas de improbidade administrativa e outras irregularidades.
O órgão de contas acatou o pedido do MPC e deve apurar suspeitas de irregularidades em contratações feitas pelo prefeito Ilque Cunha, que ferem o princípio da legalidade, moralidade e impessoalidade.
De acordo com o documento, o prefeito Ilque Cunha cometeu improbidade administrativa ao usar o cargo para benefício próprio, com contratações de empresas de pessoas próximas a ele.
