Prefeito de Juruá vai gastar mais de R$ 3,5 milhões em material de higiene e limpeza

O prefeito Ilque Cunha (MDB), pretende gastar mais de R$ 3,5 milhões de reais para aqquisição de kits de material de limpeza e higiene, para atender segundo ele, as demandas da Prefeitura de Juruá, no interior do Amazonas.

De acordo com informações do Diário Oficial dos Municípios (DOM), Ilque contratou no final de ano a empresa G V Comércio Atacadista receberá R$ 1.552.500,00 (um milhão, quinhentos e cinquenta e dois mil e quinhentos reais), e a empresa Y A da Rocha ficará com R$ 2.083.250,00 (dois milhões, oitenta e três mil e duzentos e cinquenta reais).

Ao todo, os dois contratos somam um total de R$ 3.635.750,00 (três milhões, seiscentos e trinta e cinco mil, setecentos e cinquenta reais), na compra de materiais de limpeza e higiene.

Investigado por abuso de poder econômico

O prefeito de Juruá, Ilque Cunha (MDB), está sendo investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) por abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024. A acusação aponta que ele teria se beneficiado indevidamente, obtendo vantagens contra seus adversários e garantindo sua vitória na disputa pela prefeitura.

A investigação tramita por meio de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), protocolada na 050ª Zona Eleitoral de Juruá. O juiz eleitoral Danny Rodrigues Moraes determinou que os envolvidos apresentem provas, e concedeu um prazo de cinco dias para a defesa de Ilque Cunha, que se encerra nesta semana. No entanto, até o momento, nem o prefeito nem seus advogados protocolaram a defesa.

Caso seja condenado, Ilque Cunha e seu vice, Leand Saraiva (Republicanos), podem perder os mandatos e se tornarem inelegíveis.

Investigado por improbidade administrativa

O Ministério Público de Contas (MPC), entrou com uma representação contra o prefeito de Juruá, Ilque Cunha (MDB), no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), por suspeitas de improbidade administrativa e outras irregularidades.

O órgão de contas acatou o pedido do MPC e deve apurar suspeitas de irregularidades em contratações feitas pelo prefeito Ilque Cunha, que ferem o princípio da legalidade, moralidade e impessoalidade.

De acordo com o documento, o prefeito Ilque Cunha cometeu improbidade administrativa ao usar o cargo para benefício próprio, com contratações de empresas de pessoas próximas a ele.