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Corpo de Dança do Amazonas inicia turnê nacional exaltando a dança contemporânea com DNA amazônico

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A companhia revolucionou a dança contemporânea, abordando temáticas sobre a preservação da Amazônia e a igualdade entre os povos

Aos 25 anos de atuação, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) acumula premiações, se destacando no cenário da dança contemporânea em palcos no Brasil e no exterior. A companhia estatal inicia nova turnê, nesta quinta-feira (15), passando pelas cidades de Fortaleza (CE), Brasília (DF) e Curitiba (PR).

O elenco amazonense vai encenar os espetáculos “Rios Voadores”, de Rosa Antuña; “TA – Sobre ser grande”, de Mário Nascimento e “Caput – Art 5”, de Jorge Garcia, os quais foram selecionados no Edital Programa de Ocupação Caixa Cultural 2023/2024.

Para o diretor artístico do CDA, Mário Nascimento, a seleção das montagens reflete a importância da mensagem transmitida pela companhia, no sentido de abordar pautas em cena, que vão além da cultura do estado, revelando as potencialidades do Amazonas.

“São vários prêmios conquistados pelo CDA nesses 25 anos, que refletem não só a excelência com foco no trabalho artístico, mas sim de cunho social, de difusão da cultura amazonense, de cunho político que procuro trazer a temática que envolve a Amazônia, a cultura dos povos originários, que são os legítimos protetores da floresta”, afirma Mário Nascimento.

“O CDA é muito importante porque fala sobre nós, não de maneira estereotipada. O Norte é um polo cultural, temos o Teatro Amazonas, um dos teatros mais bonitos do mundo, temos o Festival de Ópera, de Jazz, o Festival Folclórico de Parintins, enfim, com a floresta, com os povos originários, existe uma vida fervilhante na capital”, acrescenta o diretor.

Ainda de acordo com Mário Nascimento, a musicalidade latente do Amazonas é uma característica singular da companhia. “Considero o corpo de dança, verdadeiramente contemporâneo. Os bailarinos têm uma maneira de dançar e encontram muita facilidade, por conta da musicalidade, do folclore que traz um movimento autêntico. Temos um elenco poderoso”, revela o diretor, que há quatro anos assumiu a gestão do corpo artístico, trazendo na bagagem trabalhos em grandes companhias nacionais e internacionais.

DNA amazônico

Um exemplo da versatilidade dos bailarinos do CDA, pode ser confirmado com a performance apoteótica de Cléia Santos, na comissão de frente da Acadêmicos do Salgueiro, no Carnaval do Rio de Janeiro. Ocupando posição de destaque, a bailarina amazonense representou os povos Yanomami. Ainda em êxtase da apresentação, ela reconhece a importância do corpo artístico. “Fazer parte do CDA é um prazer, é um privilégio. Enquanto bailarina, dançar com artistas que estão até hoje e que assisti lá no primeiro espetáculo é de uma grandiosidade muito forte. O CDA tem influência na minha trajetória desde os princípios. Quando pude assisti-los no palco do Teatro Amazonas, comecei, de fato, a querer seguir carreira de bailarina”, revela Cléia.

O Corpo de Dança do Amazonas é um dos sete corpos artísticos do Governo do Estado, administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. São 24 bailarinos, sendo 95% do elenco formado por amazonenses.

Para o titular da pasta, Marcos Apolo Muniz, o CDA é um espaço de valorização da arte e fomento profissional. “O Amazonas é um dos poucos estados que concentra sete corpos artísticos de diferentes segmentos, da música, canto e dança. Esse conjunto encorpado de artistas talentosos, que recebe o incentivo do governo, é o resultado de um trabalho prioritário de atenção às artes e de difusão da cultura”, finaliza o secretário.

Agenda Ocupação Caixa Cultural

Caixa Cultural Fortaleza
Rios Voadores
15 e 16/02, às 20h

TA – Sobre ser grande
17/02, às 20h
18/02, às 19h

Caixa Cultural Brasília
Rios Voadores
23/02, às 20h

TA – Sobre ser grande
24/02, às 20h
25/02, às 10h

Caixa Cultural Curitiba
Rios Voadores
29/02 e 01/03, às 20h

Caput – Art. 5
02/03, às 20h
03/03, às 19h