“Quando Falta o Ar”, vencedor do Festival É Tudo Verdade, inicia esta semana campanha nos EUA com sessões em New York, Boston e Los Angeles, para disputar o Oscar na categoria de Melhor Longa Documentário. A equipe do filme, dirigido pela cineasta Ana Petta, recebeu a notícia que concorre oficialmente na semana passada. De acordo com a Academia, responsável pelo prêmio, o anúncio público deve ocorrer no começo de dezembro.
O screening do filme, no dia 18, em Los Angeles, terá apresentação do ator Wagner Moura, no The Linwood Dunn Theater, da Academy of Motion Pictures.
Com direção da médica Helena Petta e sua irmã, a cineasta Ana Petta, o filme acompanha os profissionais do SUS, em diferentes regiões do Brasil, enquanto lutavam para salvar vidas durante a pandemia.
“Quando o ritual da morte não era mais possível e a solidão uma constante, nos pareceu fundamental abrir a câmera para os diferentes tempos e dimensões envolvidas no cuidado em saúde, nos aproximando destes profissionais que estavam resistindo em uma das maiores crises sanitárias da história, em um país abandonado por seu principal governante”, afirmam as diretoras. “Quando Falta o Ar” revela como as dimensões envolvidas nesses atos se misturam com as desigualdades do país e com o preconceito racial, ao mesmo tempo que são atravessadas pelas religiosidades tão presentes no povo brasileiro.
Filmado em São Paulo (Hospital das Clínicas), Recife (UBS do Morro da Conceição), Pará (Hospital Municipal de Castanhal e equipe de saúde de Igarapé Miri), Salvador (Complexo Penitenciário Lemos de Brito) e Manaus (SOS Funeral), o documentário é uma aposta das diretoras na construção de imagens e narrativas que possam contribuir para uma nova estética audiovisual sobre o cuidado em saúde.