O padre Chrystian Shankar afirmou em uma rede social que não atenderia mães de bebê reborn, pois ele não faz batizados ou missa de primeira comunhão para esse bonecos e que procuram catequese para os filhos de brinquedo.
“Não estou realizando batizados para bonecas Reborn ‘recém-nascidas’. Nem atendo ‘mães’ de boneca Reborn que buscam por catequese. Nem celebrando a Missa de Primeira Comunhão para crianças Reborn. Nem oração de libertação para bebê possuído por espírito Reborn. E, por fim, nem missa de 7 dia para Reborn que arriou a bateria. Essas situações devem ser encaminhadas ao psicólogo, psiquiatra ou, em último caso, ao fabricante da boneca”, escreveu Shankar.

Shankar lembrou que quando esse tipo de boneco surgiu ele era de nicho artístico e de colecionadores, mas acabou por ganhar proporções muito grandes e revisitar questões de maturidade e saúde mental.
“Vivemos tempos em que a linha entre realidade e fantasia parece cada vez mais tênue. Um exemplo emblemático disso é a crescente popularidade dos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade. O que começou como um nicho de colecionadores e artistas agora se tornou um fenômeno que levanta sérias questões sobre maturidade emocional e saúde mental”, disse o padre.
“Enquanto alguns especialistas sugerem que o uso de bebês reborn pode ter funções terapêuticas, como auxiliar no luto ou em casos de solidão extrema, é crucial distinguir entre o uso terapêutico e a substituição de relações humanas reais por vínculos com objetos inanimados. A sociedade precisa refletir sobre os limites entre o uso saudável de objetos terapêuticos e a evasão da realidade. A substituição de vínculos humanos por relações com bonecos pode indicar uma dificuldade em lidar com as complexidades da vida adulta. É essencial promover o amadurecimento emocional e encorajar relações humanas autênticas, fundamentais para o bem-estar individual e coletivo”, completou o religioso.
Com mais de 3,7 milhões de seguidores, o padre foi elogiado ao postar o texto dizendo que não faz qualquer tipo de rito religioso para um bebê reborn.