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Segunda vítima do desabamento em Beruri é encontrada pelos Bombeiros

O Governo do Amazonas enviou homens para os trabalhos coordenados pela Defesa Civil do Amazonas e Corpo de Bombeiros, onde mergulhadores e especialistas habilitados para resgate em áreas colapsadas encontraram nesta segunda-feira (2), o corpo de mais uma vítima do terrível desabamento de terras na comunidade da Vila de Arumã, em Beruri, no interior do Estado.

A primeira vítima encontrada ainda no último sábado (30), foi um menino de 7 anos, que seria irmão da adolescente Kesia Moura de Lima, de apenas 16 anos, achada nesta segunda-feira (2). Três pessoas continuam desaparecidas e o Governo do Amazonas continua auxiliando nas buscas e nas necessidades do povo de Beruri.

Fenômeno das ‘Terras Caídas’

Toda a região central da Vila Arumã, que ficava de frente para o rio Purus, desabou em uma ocorrência do desastre natural conhecido como “fenômeno das terras caídas”, comum nesta época da seca em toda a região Amazônica.

A Prefeitura de Beruri foi alertada em 2014 sobre o risco de desabamentos na orla do município, informada pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

O secretário de Defesa Civil do Amazonas, Francisco Máximo, questionado sobre o relatório da CPRM e da necessidade de alerta ao município, informou que em dezembro de 2022 verificou a possibilidade de desabamento na região.

“Todas as informações disponíveis pelas agências são compiladas e são disponibilizadas. Como falei, esse desastre que está acontecendo, em dezembro nós já estávamos enxergando essa probabilidade. A partir disso, várias ações foram desencadeadas. Nós incentivamos e capacitamos as defesas civis municipais para que elas possam efetivamente levantar essas informações e difundi-las”, afirmou o secretário em entrevista coletiva no lançamento do aplicativo ‘Cota Rio’ nesta segunda-feira (2).

Com o fenômeno do El Niño em curso até abril de 2023, regiões do Alto Solimões e o munícipio de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) têm risco de desbarrancamento.

No monitoramento do Serviço Geológico do Brasil, o fenômeno de “terras caídas” foi mais bem visualizado nas comunidades rurais, por isso, é necessário haver uma visita técnica no período da vazante do rio Purus, que inicia de setembro a novembro para o monitoramento dessas localidades.