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Cliente de aplicativo envia mensagem racista dizendo: “Mandem entregador branco. Não gosto de pretos”

Uma mensagem de cunho racista de uma cliente de um aplicativo de delivery, viralizou nesta quinta-feira (3), em Goiânia.

A cliente fez a seguinte observação: “Por favor, mandem um entregador branco, não gosto de pretos nem pardos. Venham rápido”. A mensagem da cliente apareceu no recibo da compra, mas o nome da pessoa que consta no perfil que escreveu a solicitação não foi divulgado.

Segundo a empresária dona do restaurante que recebeu o pedido, diz que ficou tão desnorteada ao ler o que a cliente escreveu que até pediu desculpas para o entregador que foi buscar o pedido.

No caso ocorrido nessa quinta-feira, o entregador chegou para fazer a entrega, e perguntou quem havia escrito a mensagem racista às duas mulheres que receberam o pedido.

Segundo ele, as duas alegaram que o pedido era delas, mas que a mensagem não havia sido escrito por elas. Uma teria dito, ainda, que poderia ser o marido, mas depois disse que não. Elas não explicaram direito.

O caso não foi registrado oficialmente na Polícia Civil, mas deverá ser investigado mesmo assim pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerâncias (Geacri).

O pedido racista ocorreu na plataforma do Ifood, que disse em nota, repudiar “qualquer ato de discriminação” e que irá iniciar um processo interno de investigação “para que as devidas providências sejam tomadas, incluindo o descadastramento” do perfil da cliente.

Outro caso de racismo em pedidos de deliverys

Em janeiro deste ano, o perfil de um adolescente avaliou negativamente a entrega feita por uma lanchonete de Goiás, onde ele colocou como justificativa para a avaliação, em um ponto em que a entrega poderia melhorar, foi escrito “entregador negro”.

A ocorrência gerou reação organizada dos entregadores da cidade, que fizeram manifestação na porta do prédio do garoto de apenas 14 anos.

Durante a investigação, a defesa do jovem afirmou que sua conta havia sido clonada, “[O adolescente] não mandou aquela mensagem. Nós descobrimos que ele teve o perfil clonado porque, no histórico de compras, tem registros de compras feitas em Aracaju [SE], Penedo (AL), locais a que ele nunca foi”, dissea advogada do jovem. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) acabou por inocentá-lo.