O pequeno Benício Xavier Freitas, de 6 anos, morreu no último domingo (23/11), após complicações causadas por um possível erro médico, durante um atendimento no Hospital Santa Júlia, no bairro da Praça 14 de Janeiro, zona Sul de Manaus.
Joyce Xavier, mãe de Benício, contou que o pequeno apresentava tosse e febre, e preocupada decidiu levá-lo ao hospital. Segundo a mulher, no local, a equipe médica aplicou adrenalina na veia da criança.
“Eu falei: ‘Mas o Benício nunca fez na veia, ele sempre fez inalação’. E ela respondeu: ‘Eu também nunca apliquei na veia, mas está aqui na prescrição médica’, e me mostrou que a médica havia pedido adrenalina intravenosa”, disse Joyce Xavier.
Benício recebeu cerca de três doses de adrenalina de 3ml a cada 30 minutos, e começou a passar mal e a sangrar pela boca e o nariz.
“Ele começou a cuspir sangue pela boca e pelo nariz. A enfermeira que fazia a massagem chegou a parar, e eu perguntei se precisava de ajuda. Ela respondeu: ‘Pode deixar que eu continuo'”, disse a mãe da criança.
O menino foi intubado e a mãe disse que a médica que prescreveu a medicação parecia “perdida”. Joyce disse que “não deseja que ninguém mais passe por isso, e por essa razão vai atrás de justiça”. O filho foi sepultado com homenagem e balões brancos, mas a dor é grande.
Nas redes sociais Bruno Mello, o pai da criança, publicou mensagens emocionadas sobre Benício, afirmando que a dor é “imensurável” e que a busca por justiça será “incansável”.
“Ele sempre será lembrado pela família. Era uma criança compreensiva, carinhosa, atenciosa, obediente, resiliente, esperta, amiga e sem nenhuma maldade, uma criança pura!”, lamentou.

Em nota, o Hospital Santa Júlia informou que uma análise técnica detalhada sobre todas as etapas do atendimento será conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente da instituição, conforme protocolos internos.
A unidade acrescentou que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários. O hospital afirmou ainda que, devido ao sigilo médico e ao respeito à privacidade da família, não divulgará detalhes clínicos sobre o caso.