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Justiça decreta prisão de investigador envolvido na tentativa de homicídio da babá e advogado na Ponta Negra

A pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o juiz Alcides Carvalho Vieira Filho, determinou neste sábado (19), a prisão preventiva do policial civil Raimundo Nonato Monteiro Machado, acusado de participar do crime de tentativa de homicídio contra o advogado, Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, e a babá, Cláudia Gonzaga de Lima de 40 anos na última sexta-feira (18).

O Policial Civil é acusado de entregar a arma de fogo nas mãos da esposa, Jussana de Oliveira Machado, durante uma briga que tiveram com a babá e o advogado no condomínio Life Ponta Negra onde residem.

Imagens de câmeras de segurança mostram toda a confusão envolvendo o casado, além do momento exato em que Jussana atira contra o advogado.

Na decisão, o magistrado considerou que o acusado já havia se envolvido em outras situações com vizinhos e foi demitido da Polícia Civil em 2010, após responder processo administrativo, mas retornou ao serviço público posteriormente.

“As provas juntadas aos autos são robustas e enriquecem os elementos probatórios, possibilitando a segregação cautelar, ante a periculosidade do autor, a necessidade de garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e por conveniência da instrução criminal, elementos de prova de autoria e materialidade do crime de tentativa de homicídio”, concluiu o magistrado.

O Ministério Público do Amazonas ainda questionou a Polícia Civil do Amazonas, o motivo de não ter efetuado a prisão em flagrante ao investigar Notato Machado, e sua esposa Jussana Machado, ainda na sexta-feira ao levar os acusados para a sede do 19° Distrito Integrado de Polícia (Dip).

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Amazonas (OAB-AM), por meio do Sistema de Prerrogativas, vai pedir a exoneração do investigador da Polícia Civil.

Durante as agressões da esposa do investigador a uma babá, o advogado Ygor de Menezes Colares, foi agredido por Nonato e alvejado com um tiro na perna por Jussana, ao tentar evitar que sua babá, sofresse as agressõespor parte da esposa do policial e mestre em Jiu-jitsu.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM, Alan Johnny, o caso não passará impune.

“O policial civil assinou o TCO, pelo crime de lesão corporal e por ter entregado uma arma de fogo para uma pessoa não habilitada e pelos crimes responderá em liberdade. A OAB vai encaminhar à corregedoria da Polícia Civil um pedido de afastamento cautelar e exoneração”, disse.