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Líderes de massacre e membros de facções estão de volta aos presídios do Amazonas

Líderes de facções criminosas do Amazonas que haviam sido transferidos para presídios federais por motivos de alta periculosidade, retornaram ao Estado nesta quarta-feira (11) em vôo da Polícia Federal.

Os detentos chegaram por volta de 12h no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, escoltados pela equipe de Departamento Penitenciário Nacional (Depen) junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No total, 13 internos que estavam detidos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN), retornaram ao Estado.

O narcotraficante Clemilson dos Santos Farias, 38 anos, conhecido como ‘’Tio Patinhas’’, braço direito de Gelson Carnaúba, o ‘’Mano G’’, o criminoso que era líder do Comando Vermelho em Manaus antes de ser detido, estão entre os detentos transferidos.

O filho e primo de um dos fundadores da Facção Família do Norte (FDN) ‘’Zé Roberto’’ e Luciano da Silva Barbosa, o ‘’Luciano L7’’, além de José de Arimateia Façanha do Nascimento, o ‘’Ari’’.

As informações são da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

“A Seap solicitou a permanência desses detentos em regime federal. Entretanto, foi negado pela Justiça”, afirmou o secretário, coronel Vinícius Almeida.

Os detentos passarão pela Central de Recebimento e Triagem (CRT) e logo após serão encaminhados ao Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), onde ficarão isolados por 15 dias como medida preventiva aos demais contra o coronavírus.

Além de “Tio Patinhas”, “Luciano L7” e “Ari”. Também está na lista o Márcio Ramalho Diogo, o “Garrote”, um dos principais líderes do massacre que resultou nas 56 mortes em 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Riscos

Não se pode descartar a probabilidade de uma nova crise no sistema prisional do Estado com a transferência desses criminosos, de acordo com o especialista em Segurança Pública, Raimundo Pontes Filho.

Ele acredita que os riscos podem ser administráveis se tratado com a devida atenção, analisando o que pode vir a acontecer nessa situação e quais os riscos podem se tornar reais. O ideal é não dispensar o monitoramento pelas autoridades, para evitar episódios de massacre e violência.

Na avaliação do especialista em Segurança Pública, Raimundo Pontes Filho, uma crise pode se instalar no sistema prisional do Estado, caso os criminosos (que se aliaram a uma outra facção) resolvam retomar o poder.

Confira o nome dos detentos:

Fernando Felix da Silva, o “Imperador”

Rômulo Brasil da Costa

José Bruno de Souza Pereira, conhecido como “Bruninho”

Janderson Rolim Matos, vulgo “Passarinho”

Eduardo Queiroz de Araújo, o “Foguinho”

Florêncio Nascimento Barros, vulgo “Marabá’.

Fabrício Duarte Araújo

Romário Corvelo Fonseca, vulgo “Romarinho”.

Thiago Fernandes Soriano, o “Alemão”.