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Polícia deflagra a Operação Sanguessuga em Manaus

A Polícia Civil do Amazonas deflagrou na manhã desta terça-feira (2), a Operação Sanguessuga deflagrada, com o intuito de cumprir mandados de buscas e prisões na antiga sede do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran/AM). Os alvos seriam empresas de despachantes que estariam envolvidos em um esquema que fraudou mais de R$ 30 milhões em impostos estaduais e federais no Amazonas.

As ações são coordenadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), a Polícia Civil, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM) e a Polícia Militar. No total, 83 mandados de prisão, busca e apreensão estão sendo cumpridos em Manaus e no interior.

O grupo agia fraudando impostos estaduais e federais usando o próprio sistema do Detran. As fraudes foram detectadas há cerca de um ano pelo próprio órgão que acionou a Polícia para dar início a uma investigação conjunta como explica o secretário de Segurança Pública do Estado, Louismar Bonates.

“A direção atual do Detran detectou que estava tendo algumas falhas na parte de documentação dos veículos. Foi começado a fazer a correção de alguns desses erros e em seguida ele manteve contato com o delegado Cícero Túlio, e passaram a fazer uma investigação conjunta para visando acabar essas fraudes, disse Bonates.

Ainda segundo o secretário, o grupo era bastante organizado e com várias pessoas participando das ações criminosas. “São despachantes, funcionários do Detran, perito, vários estagiários e ex-funcionários que foram aliciados por essa quadrilha. Eles esquentavam documentos de carros clonados, eles burlavam a parte de impostos de algumas isenções que são feitas na Zona Franca para que esses veículos saíssem de Manaus sem esse bloqueio e eram vendidos lá fora com um preço bem inferior entre outros fraudes”, finalizou.

Segundo o levantamento feito pela Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos, o prejuízo causado pelo esquema ultrapassa R$ 30  milhões. Algumas mudanças já foram efetuadas no sistema do Detran desde que as investigações começaram, mas outras devem ser implementadas após o término da operação.

Os presos e todo material apreendido, foram levados para a sede da Delegacia Geral no bairro do Dom Pedro, onde serão ouvidos e encaminhados para os procedimentos da justiça do Amazonas.