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Polícia encontra fotos de bebê sujo de fezes e amarrado, em celular de diretora de creche

A polícia civil do estado de São Paulo encontrou no celular de Roberta Serme, dona de uma creche infantil na zona Leste da capital paulista, mostra a foto de um bebê chorando, preso por um cinto em uma cadeirinha e sujo de fezes.

De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, ao menos duas crianças que frequentavam a Escola Infantil Colmeia Mágica, apresentaram lesões nas pernas e nos braços por conta dos ‘castigos’ sofridos no local.

Professoras que trabalhavam no estabelecimento disseram à polícia que Roberta era quem amarrava as crianças, acreditando que com isso elas parariam de chorar, por não suportar ouvir choros dos alunos.

Os relatos também revelam outras punições: algumas crianças, que desobedeciam as regras da direção, eram levadas para um banheiro escuro, sem a presença das educadoras. E as maiores eram colocadas em pé por horas na sala de Roberta para “pensarem” sobre o que fizeram.

A escola, que atendia alunos de 0 a 5 anos de idade, do berçário ao ensino infantil, está fechada desde que o caso foi descoberto.

O caso veio à tona em março deste ano, após o vazamento de vídeos que mostravam crianças chorando e amarradas em lençóis, presas a cadeirinhas de bebês dentro de um banheiro da Colmeia Mágica.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, pelo menos nove crianças foram vítimas de tortura e outras violências na escola.

Em maio deste ano, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou rés as duas donas da escola, Roberta e Fernanda Serme, além de Solange Hernandez, uma funcionária, por tortura, maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento.

Roberta e Fernanda estão presas preventivamente, enquanto Solange responde em liberdade.