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Prefeito de Eirunepé é acusado de desviar mais de R$ 10 milhões destinados a saúde do município

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2), na cidade de Eirunepé, estado do Amazonas, a “Operação Cama de Gato”, com o objetivo é cumprir 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas ligadas ao prefeito Raylan Barroso, que seria líder de uma organização criminosa que atua praticando crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo investigações da PF que iniciaram em abril de 2021, o prefeito comandava um grupo criminoso que fraudava licitações da área da saúde, que seriam investidas no combate ao COVID-19, durante a pandemia.

Em apenas um dos contratos, foi verificado que a prefeitura de Eirunepé pagou por 150 mil máscaras de proteção mais do que o dobro do valor cobrado em todo o estado do Amazonas. Além disso o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.

Entre os envolvidos no esquema de desvio de recursos públicos estão servidores ligados ao prefeito Raylan, como seu secretário de finanças Dângelo Falcão, empresas de vereadores como a ELFA Limpeza e Construção, de propriedade do vereador Tita, além de outros empresários.

O grupo realizava um esquema de desvio de recursos públicos realizado através da contratação de empresas fictícias ou de fachada, constituídas com o único objetivo de desviar verbas federais.

Os mandados foram cumpridos em Eirunepé e Manaus. Foram mobilizados cerca de 50 policiais da Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro do Sul e da Superintendência da PF no Amazonas, além do apoio do destacamento da Aeronáutica em Eirunepé.

A estimativa é que os desvios estejam ocorrendo desde o ano de 2020. O prejuízo ao município ultrapassa R$ 10 milhões em contratações fraudadas.