Os vários motoboys estiveram na Câmara Municipal de Manaus (CMM), na manhã desta segunda-feira (21), onde os trabalhadores reivindicam a aprovação do Projeto de Lei (PL), que dá direito aos entregadores de efetuarem suas entregas apenas na portaria de condomínios e prédios.
A Lei que ajudaria os trabalhadores de delivery, pois tiram deles a obrigatoriedade de deixar os pedidos na porta dos clientes, evitando assim o confronto com as portarias de condomínio e prédios de classes média e alta em Manaus.
Mas parece que o vereador Antônio Peixoto (Agir), não está muito satisfeito com a proposta e discursou contra os motoboys e entregadores de delivery de Manaus. Peixoto disse que a proposta é inconstitucional e discriminatória, podendo interferir no direito do consumidor.
“O projeto de lei está eivado de inconstitucionalidade formal por usurpar a competência da União de legislar sobre o direito do trabalhador, além das consequências desastrosas […]. O projeto fere também o direito da igualdade”, disse Peixoto.
O discurso do parlamentar gerou revolta dos trabalhadores que assistiam à sessão ordinária na galeria da CMM, porque sempre quando eles se negam a entrar nos condomínios a pé, são xingados ou até agredidos pelos consumidores.
No momento em que Peixoto discursava, os motoboys gritavam revoltados que “ano que vem tem eleição”, seguido de vaias contra ele, tendo que o presidente da Câmara, vereador Caio André, precisou pedir para que os motoboys acalmassem os ânimos.
As diversas agressões sofridas pelos entregadores de delivery, motivaram o Projeto de Lei que deve barras a obrigatoriedade dos trabalhadores deixarem os produtos na porta dos clientes.