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Aumento de casos de covid assusta e governador do Amazonas anuncia novas medidas de isolamento

O governo do Amazonas anunciou neste sábado (23) as novas medidas de restrições para conter a disseminação da covid-19. Entre as determinações está a ampliação do toque de recolher em Manaus e no interior do Estado para 24h.

O decreto com o novo horário do toque de recolher será publicado na segunda-feira (25) e valerá por dez dias. Atualmente, o decreto de restrições de pessoas é entre 19h e 6h.

Segundo o governador, durante o toque de recolher as pessoas poderão sair para ir aos supermercados, farmácias e trabalhar nos serviços essenciais.

Confira as mudanças:

Supermercados funcionarão de 6h às 19h limitado a produtos de alimentação, bebida, limpeza e higiene pessoal.

As farmácias e clínicas de urgência e emergência funcionarão 24h.

Feiras das 4h às 8h.

Restaurantes, padarias e bares que funcionam como restaurante apenas no sistema de delivery 6h às 22h.

Obras e serviços de engenharia estão liberados apenas para a área de saúde.

Produção e transporte de alimentos, medicamentos e transporte de trabalhadores.

A indústria funcionará em turnos de 12h, com exceção das empresas voltados ao setor de alimentação, farmácia e itens hospitalares.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros farão fiscalização nas ruas para garantir o decreto.

Aumento de internações preocupa

O número de internações de pacientes de Covid-19 vindos do interior do Amazonas mais que quintuplicou desde o início do ano. Nessa sexta-feira (22), as unidades de saúde de Manaus registravam 600 internações. No início de janeiro, a média correspondia a cerca de 100 pacientes.

Em live transmitida neste sábado, o secretário de Saúde do estado, Marcellus Campêlo, afirmou que o número preocupa.

“Os nosso hospitais operam acima de 100% de taxa de ocupação. Na rede privada, a ocupação está acima de 90%. Instalamos mais de 2 mil leitos na capital e no interior, mas observamos que a necessidade de internação quintuplicou desde o início de janeiro”, afirmou Campêllo.

O secretário avaliou que o alto índice de transmissibilidade de vírus na capital e a circulação da nova cepa podem ser responsáveis pelos dados alarmantes. O estado possui maior maior taxa de transmissibilidade do país (1,3). Isso significa que cada 100 pessoas podem infectar outras 130.

“Há dois casos de reinfecção. Estudos dos especialistas apontam que a possibilidade de reinfecção deve ser maior, o que pode explicar o súbito e exponencial aumento de casos na última semana de dezembro e início”, explicou o secretário.

A demanda por oxigênio continua alta, e novos cilindros com o insumo serão necessários para ampliação e abertura de leitos.

“Hoje, consumimos 75 mil m³ de oxigênio na rede pública e privada. Em abril e maio era apenas 30 mil m3. Mais do que dobro do consumo do ano passado e precisamos de mais oxigênio para manutenção e ampliação de leitos. Precisamos de 120 a 135 mil de m3 de oxigênio”, disse o secretário.