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Deputado Alberto Neto assina proposta de lei que acaba com o MPT para facilitar o trabalho escravo no país

O deputado federal que se alto intitula “príncipe do Brasil”, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), como descendente da família escravagista portuguesa, que dominou o Brasil por anos, pretende eliminar o Ministério Público do Trabalho (MPT) através de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC).

O órgão federal é o responsável pela fiscalização do trabalho escravo e infantil no país e de todas as condições precárias que o trabalhador pode sofrer em uma atividade, e para isso, conseguiu até o momento cerca de 66 assinaturas de deputados federais em sua maioria do sul e sudeste do país.

Mas um nome chamou atenção na lista, o do deputado federal amazonense Capitão Alberto Neto (PL).

Entre os nomes que assinaram o requerimento estão: Coronel Ulysses (União-AC), Delegado Fabio Costa (PP-AL), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Capitão Alden (PL-AL), Delegado Caveira (PL-PA), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Meira (PL-PE), Sargento Gonçalves (PL-RN), Delegado Ramagem (PL-RJ) e Pastor Marcos Feliciano (PL-SP).

A emenda do “príncipe do Brasil” quer acabar também com as cortes de Justiça trabalhistas, incluindo as varas do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com tantos escravos sendo libertos em seus estados, os escravocratas parecem que encontram a solução definitiva: acabar com o incômodo da fiscalização e da punição.

Escravos em plantações no Rio Grande do Sul

Ministério Público do Trabalho (MPT) libertou 207 baianos que estavam em situação de exploração de trabalho “análogo” à escravidão, sendo submetidos a serviços forçados em colheitas de uvas de famosas marcas de vinhos brasileiros sendo elas a Salton, Aurora e Cooperativa Garibaldi.

A proposta de Luiz Philippe de Orleans vai de encontro ao pensamento do vereador de Caxias do Sul (RS) Sandro Fantinel (Patriota), que subiu à tribuna da Câmara para defender os patrões e condenar os baianos explorados, que na opinião dele, só querem “carnaval” e festa. Na ocasião, ele deu a receita: “contratem” estrangeiros, repetindo o que houve no passado com o fim da escravidão, se dispensaram os negros e trouxeram os europeus.