Enquanto Wilson Lima entrega a saúde do Amazonas a Organizações Sociais, terceirizados ficam sem salários e devem paralisar suas atividades

Se preparando para deixar o Governo do Amazonas para concorrer ao Senador Federal, Wilson Lima (UB), deixou de pagar as empresas prestadores de serviços nos hospitais e Serviços de Pronto Atendimentos (SPAs) da rede pública de saúde, o que pode causar uma grande greve no serviço essencial para a população.

Os profissionais que trabalham nos hospitais João Lúcio, 28 de Agosto, Francisca Mendes, Platão Araújo e Adriano Jorge, além dos SPAs e maternidades, estão receber seus salários e prometem paralisar suas atividades se o Governo do Amazonas não quitar seus débitos com as terceirizadas.

As empresas responsáveis pela alimentação afirmam estar há três meses sem receber e não têm condições de continuar o fornecimento e nem pagando seus servidores, como cozinheiros e auxiliares de cozinha, e devem suspender a preparação de refeições nos próximos dias.

De acordo com informações de cozinheiras e auxiliares, os profissionais chegam a pedir dinheiro emprestado a enfermeiros e técnicos de enfermagem para conseguir voltar para casa, por conta do não pagamento até mesmo do vale transporte.

Enquanto os trabalhadores da saúde sofrem com o abandono por parte do governo, Wilson Lima vai entregar os hospitais da zona Leste de Manaus à Organização Social (OS) Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), pelo valor total de R$ 1,969 bilhão de reais por 60 meses.

A Organização Social (OS) Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), é suspeita de negligência e má prestação de serviços em um caso que envolve a morte de bebês, em hospitais administrados pelo instituto em Santa Catarina.

O Complexo Hospitalar da Zona Sul, que englobam o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e o Instituto da Mulher Dona Lindu, já são administrados pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (AGIR), com um contrato de R$ 2 bilhões de reais e muitas denúncias.