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Lula é diplomado pelo TSE para o terceiro mandato como presidente

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi diplomado nesta segunda-feira (12), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foi às lágrimas durante a cerimônia ao falar sobre seu terceiro mandato que inicia em 2023. Geraldo Alckimin (PSB), também recebeu seu diploma como vice-presidente.

Esse foi um rito previsto no Código Eleitoral e marca o fim do processo eleitoral, e antecede a posse. A entrega dos diplomas, mostra que os políticos estão habilitados para exercerem os cargos a que foram eleitos.

A diplomação também certifica a escolha da população nas urnas, acontecendo apenas após o encerramento de prazos de contestação e aprovação das contas da campanha, por exemplo.

Durante seu discurso, Lula agradeceu a terceira oportunidade de presidir o país e lembrou do tempo em que esteve preso. Ele afirmou que o seu retorno ao poder é uma conquista da democracia brasileira depois de quatro anos de Jair Bolsonaro.

“Em primeiro lugar, quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma. Eu quero pedir desculpas a vocês pela emoção porque quem passou pelo que eu passei nos últimos anos, estar aqui agora é a certeza que Deus existe e de que o povo brasileiro é maior do que qualquer pessoa que tentar o arbítrio nesse país. Eu sei o quanto custou, não apenas a mim, o quanto custou para o povo brasileiro essa espera para que a gente pudesse reconquistar a democracia nesse país”, disse.

O presidente eleito defendeu as instituições brasileiros em meio aos reiterados ataques de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. Lula disse que o país teve sabedoria para escolher o “amor em vez do ódio” e que os ministros do TSE e o STF tiveram coragem para enfrentar “toda sorte de ameaças e agressões” nos últimos anos.

“A democracia nunca esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história, a vontade popular foi tão colocada a prova e teve que vencer todos os obstáculos para enfim ser ouvida. A democracia não nasce por geração espontânea, ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um e a cada dia para que a colheita seja generosa para todos. Mas, além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser, todos os dias, defendida daqueles querem sujeitá-la ao seus interesses financeiros e ambições de poder. Felizmente, não faltou quem defendesse nesse momento tão grave a nossa democracia. Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda a sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular”, disse.