A desembargadora Nélia Caminha Jorge foi aclamada na manhã desta terça-feira (8) nova presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas para o biênio 2023-2024. Ela vai substituir o desembargador Flávio Pascarelli se tornando a terceira mulher a assumir o comando do órgão.
Cinco desembargadores estavam na disputa pelo cargo, porém, os desembargadores Cezar Luiz Bandiera, Airton Luís Gentil, Lafayette Júnior e Socorro Guedes desistiram da candidatura.
Nélia Caminha teve o apoio nos bastidores do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça, que tem muita influência no Judiciário amazonense.
Outros dirigentes eleitos
A desembargadora Joana Meirelles foi eleita vice-presidente após a desistência de Elci Simões, Airton Gentil e Cezar Luiz Bandiera.
O desembargador Jomar Fernandes foi aclamado corregedor-geral de Justiça. Ele foi o único magistrado inscrito para o cargo.
A posse dos novos dirigentes do judiciário estadual está marcada para o dia 2 de janeiro de 2023.
Perfil da presidente eleita
Natural de Manaus, Nélia ingressou na magistratura em 1989 no cargo de juíza substituta de carreira na comarca de Humaitá. Em 1994, foi promovida, pelo critério de merecimento, a juíza de Direito da 2ª Entrância, assumindo a 5ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho de Manaus.
Com vasta experiência em diversas varas e cargos da Justiça, Nélia chegou em 2015 ao cargo de desembargadora. No biênio 2020-2022 (até julho), Nélia esteve como corregedora-geral de Justiça.
A desembargadora esteve envolvida em uma polêmica. Reportagem do The Intercept, de julho de 2019 revelou que os filhos gêmeos de Nélia, os juízes Igor e Yuri Caminha Jorge, foram privilegiados no concurso realizado pelo Tribunal em 2015. O TJAM negou a acusação.