Uma mulher de 47 anos foi presa na última sexta-feira (11), na zona Leste de Manaus, por suspeita de estupro de vulnerável e favorecimento a prostituição contra as próprias filhas, de 11 e 14 anos. A Delegada Joyce Coelho, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, disse que as meninas eram violentadas pelo ex-marido da tia delas e a mãe acobertou.
Joyce Coelho disse que uma das meninas denunciou o estupro à polícia. “A adolescente de 14 anos chegou até a delegacia trazida por um tio, denunciando que estava sendo importunada sexualmente pelo ex-marido de uma tia materna. Essa adolescente trouxe ainda a informação de que, naquele exato momento, a irmã estava internada no serviço de atendimento de vítima de violência sexual para conter as lesões decorrente do abuso sexual praticado pelo mesmo autor”, afirmou Joyce Coelho em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (14).
Segundo a delegada, as vítimas não apareceram para prestar depoimento à equipe especializada. “De acordo com o protocolo de atendimento da DPCA, nós agendamos o depoimento dessas vítimas para ser colhida pela equipe especializada capacitada para isso. Entretanto, nós verificamos que essas crianças não foram trazidas para fazer o depoimento, causando preocupação, já que a criança de 11 anos, depois do abuso, apresentou uma infecção fruto do ato”, explicou Joyce.
Joyce Coelho disse que a polícia descobrir haver um acordo entre a mãe e o suspeito para que a criança e a adolescente desmentissem os fatos.
“Há um áudio da conversa que foi tida entre eles, onde ele oferece uma certa quantia em dinheiro para que ela [mãe das meninas] venha desmentir os fatos. Ele ainda promete sustentá-la por toda vida, se ela retornasse. Então, para a nossa surpresa, ela retorna até a delegacia e desmente os fatos. Diz que as crianças se confundiram, quando disseram que tinha sido ele”, disse Joyce Coelho.
Segundo a delegada, a mãe responde por favorecimento à exploração sexual e também pela omissão do estupro de vulnerável, por haver indícios de conivência dessas práticas contra as próprias filhas. O suspeito José Zacarias Silva, de 56 anos, que participava dos crimes está foragido.
