Respondendo na justiça por agredir babá e advogado, investigador da civil morre em acidente de carro no Tarumã

Repondendo na justiça por agressão a uma babá e um advogado em seu condomínio, o investigador de polícia Raimundo Nonato Monteiro Machado, de 63 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (04/08), em uma acidente de carro na Avenida do Turismo, bairro do Tarumã, zona Oeste da capital.

Informações dão conta de que Nonato Machado vinha dirigindo seu carro Chevrolet Tracker, de cor preto, placa TSDOF34 na avenida, quando perdeu o controle do veículo, bateu em um poste da rede elétrica, capotou o carro e caiu em um barranco.

O investigador ficou preso nas ferragens, não resistindo aos ferimentos e vindo a óbito ainda no local. A suspeita é de que ele teve um mal súbito e perdeu a direção, caindo no barranco.

Caso da babá e do advogado

Nonato Machado e sua esposa Jussana de Oliveira Machado, se tornaram réus em um processo na Justiça do Amazonas, após agredirem a babá Cláudia Gonzaga de Lima e o Advogado Ygor de Menezes Colares, em setembro de 2023, no Condomínio Life Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus.

Na ocasição, o advogado foi baleado quando tentou intervir na agressão que a babá de seu filho vinha sofrendo de Jussana, enquanto o investigador Nonato Machado observava tudo. Ao ver que o advogado se meteu na confusão para apartar a briga, Nonato passou a agredir e perseguir Ygor, que foi alvejado com a arma de serviço do investigador, empunhado por Jussana Machado.

O advogado Ygor Colares contou ao Fantástico, que antes dessa agressão, outros dois episódios já haviam ocorrido entre o casal e a babá no condomínio. Em um deles, Jussana se recusou a entrar no elevador junto com a babá e em outro a agressora ameaçou Cláudia na frente das crianças do condomínio.

Ygor Colares chegou a registrar um boletim de ocorrência por ameaça, injúria e ofensas contra a babá.

“O Nonato e a Jussana me procuraram semanas antes de todo esse ocorrido, alegando que a Cláudia estava fazendo fofoca sobre eles no condomínio. A Cláudia negou veementemente qualquer ato de fofoca, e eles ficaram irritados. Eles gostariam que eu demitisse a Cláudia”, disse o advogado.

“Eu me senti na obrigação de defender a Claudia naquele momento, mesmo sabendo que ele podia estar armado ali. Eu diria que foi o pior momento da minha vida”, disse o advogado.

O casal chegou a ser detido, mas em maio de 2024, o juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, decidiu que o casal não seria enquadrado em um crime de homicídio tentado contra o advogado e a babá.